ORAR O DIA TODO

Além desse esforço de observação e superação da conduta em cada pensamento, palavra e ato, e especialmente vigiando quais as nossas reais intenções (E. 536, adiante), motivos de nossas ações e reações; o MEM nos fala em “ORAR O DIA TODO”. Ora, esse orar, não pode ser “ficar sentado em meditação ou ajoelhado em oração”, pois, o mandamento do MEM já sabemos que é “agir sempre”… Por isso, vem ao caso lembrar os rótulos de Heliosine “Orando laborando”. Em palavras mais claras: só haverá real progresso interior, mais acelerado que o comum dos mortais, quando: trabalhando alegremente em tudo quanto cada dia nos traz a fazer, e pondo o máximo empenho em fazê-lo com humildade, perfeição e utilidade, ao máximo do “nosso” possível, ainda juntemos a tal atividade, o estado de meditação (procurar compreender tudo e cada coisa, em relação com cada ato e com a vida toda) e com nosso coração sempre em oração em uma das múltiplas formas de oração: desde a prece que implora aos outros à resignação consciente ou esforço por fazer a Sua Vontade; à contemplação admirativa e à GRATIDÃO, por tudo quanto a Vida nos mostra, dá e permite! E, não me diga Carolei que é muito difícil a atenção interior: quem se afina com o Bem moral, ou procura fazê-lo, torna-se depois dotado do que eu chamo a real sensibilidade moral, na qual o mais mínimo pormenor, próprio ou alheio, fora do tom, ritmo ou expressão – em pensamento, palavra ou ato – ferir-nos-á a atenção, tão real e dolorosamente como uma nota falsa num concerto: E, não é outra coisa!

IV vol. pag. 139 e 140
“O Mestre Philippe, de Lyon” – Sri Sevananda Swami