O MUITO EXCELSO MESTRE E “O DAR”
E.63 – Não sepulteis as riquezas em cofres, mas usai-as para fazer viver homens, crianças ou, se não podeis, em benefício de animais, como cachorros, gatos, pássaros, etc. Felizes os dadivosos!
E. 132 – Uma senhora diz: Sim, eu o farei. Sim, sois a única pessoa, nesta sala, capaz de fazer isso. Pois bem, eu tenho um amigo que deu não só o que possuía, mas o que não possuía, fazendo dívidas para ajudar o seu próximo. Ah! Bem sei que as mães de família me responderão que têm filhos e não podem desfazer-se, por causa deles, de seus haveres. Eu contestarei isso, porém, dizendo-lhe que se elas têm filhos, há crianças que não têm mãe e são igualmente suas.
E 133 – Fazei o bem, mas é preciso que o não façais para que todos fiquem sabendo. Se um lavrador semeia grãos, deve cobri-los com terra para fazê-los germinar.
E 143 –Dizem com Frequência: Oh! Tal pessoa era boa e deixou, ao morrer, tal soma, pois bem, efetivamente deixou, porque nada podia levar. Durante a vida, porém, é que teria agido bem em doá-la!
Do livro “O MESTRE PHIIPPE DE LYON” de Sri Sevãnanda Swami páginas 187 e 188
Comentários do Mestre Sevãnanda
Comentários de Mestre Sevananda aos ensinamentos de Mestre Philippe sobre “O DAR”; No DAR, como em tudo, há nuances, e delas nascem resultados de diferentes importâncias. Dar, é sempre bom. Mas há casos como aquele de um Discípulo — já falecido – “Ayur 165”, Martinista espanhol, que tornou-se Procurador Universitário na Argentina que, em uma das muitas vicissitudes de sua agitada e romântica vida, foi por um ano para o interior do país, plantar com duro trabalho um campo de alfafa ( luzerna ). Quando a ceifa estava por chegar, de volta de uma pequena ausência, viu o gado do vizinho magro e mugindo ao longo da cerca. Indagou o que havia. O dono do gado explicou: seca, campo esgotado, fome. “ Ora, isso se arruma já”, disse o Ayur! E, com uma torquês, cortou a cerca e… perdeu totalmente sua
salvação financeira e seu esforço, para DAR vida àqueles animais. Não é de admirar, carolei, que o MEM lhe tivesse outorgado, mais de uma vez, Graças e Curas, conforme presenciei…
E, para que o bem seja fecundo, deve ser “luz nas trevas”, isto é, feito sigilosamente ou, pelo menos, sem ostentação. E… também, sem esperar para quando não precisemos mais da matéria (morte); ou quando damos só aquilo que não precisamos: agindo, pois, como mortos em vida!… Creio que as aplicações todas, disso, Você acha sozinho, Carolei, no que se refere a DAR: exemplo, amor, carinho, conhecimento, tempo, gostos, objetos, e até dinheiro, a etapa mais comum, mais expeditiva para “se livrar”.—Muito embora a mais útil, muitas vezes, com discernimento.
Vol. III O Mestre Philippe de Lyon” páginas 188 e 189.