François Schlatter nasceu em 29 de abril de 1856 em Ebersheim Alsace, nono filho de uma família muito piedosa. Surdo e cego de nascença, ele se curou, ainda pequeno, não se sabe como… diz-se por mil milagre, as orações de sua mãe. Seu destino do eleito excepcional começa assim, e não se esgotará jamais.
Em 1870, com o falecimento do pai, decidiu tornar-se sapateiro. Inútil insistir por hora sobre a dimensão simbólica da palavra e da função… Mas o caminho se traça, ele se, ele se apresenta. Em 1884 chega como emigrante na América, guiado por aquele que ele chama Pai, fixa-se em Denver (Colorado) onde inicia seu ministério de cura, seguro de sua missão. Ele começa em seguida, movido por um apelo irresistível um percurso de 730 dias a pé em oito estados da América.
Percurso marcado por múltiplas curas milagrosas. Detido por vagabundagem, ele fazia o mesmo na prisão. Nada nem ninguém podia parar François, que continua sua peregrinação e chega a Albuquerque (Novo México) após um percurso de cerca de 9.000 Km, decide fazer um jejum de 40 dias no deserto. Volta então a Denver seu ponto de partida, e se instala para curar quotidianamente uma multidão compacta que o segue e rende homenagem ao homem simples, ao curador, e a seus poderes extraordinários.
Serão perto de 100.000 pessoas com sofrimento de todas as condições, que serão curadas por François Schlatter em cinqüenta e oito dias. Em 14 de novembro de 1895, monsieur Fox (em sua casa em Denver, onde morou François Schlatter) encontrou em seu quarto o bilhete: “Monsieur Fox, minha missão terminou e o pai me chama. Eu te saúdo. Francis Schalatter”.
Era chamado “o maior taumaturgo do seu século”. “The Healer” “El Sañador”, “Le marcheur de Dieu, (peregrino). “O Santo de Denver”, “O Profeta das 100.000 curas” “O pobre sapateiro do Colorado”. “O Novo Messias”.
Agora quem foi verdadeiramente François Schlatter, diz Papus na revista L’Iniciation de março de 1896: “Francis Schlatter era um iluminado, e nós diremos somente para aqueles que sabem, que este homem, obscuro pelo seu nascimento e sua posição social, foi no entanto um dos Onze que passou pelo sol em 1855”.
Liminaire da obra François Schlatter L” aux 100.000 guérisons de Gil Alonso = Mier