Na sua principal Obra, “Livro da Leis de Vayu”, o Mestre CEDAIOR, revela os conhecimentos que recebeu do seu Mestre Espiritual Vayu-Sattwa, de Allahabad, Índia, que lhe deu o futuro da humanidade e, em particular, do que ele será quando chegarmos ao final desta “quinta família, da quinta sub-raça, da Quinta Grande Raça Raiz”. Nascerá então – e já nasce potencialmente por intermédio de alguns Seres que encarnam nas condições citadas no “Livro das Leis de Vayu – um primeiro núcleo, depois outro surgirá, e assim por substituição, se preencherá de seres dotados de condições ou faculdades e organismos mais perfeitos que os atuais, todo o sexto Continente, chamado Pacífico ou Olímpico (por ocupar o atual Oceano Pacífico, em grande parte), que surgirá primeiro lentamente e depois por impulsos finais fortes, do fundo do mar, “virando “ parcialmente a América Latrina. Mas, desde já, fazem-se os trabalhos, lento nas almas como nas camadas geológicas profundas já que “nada se faz de golpe” nos processos naturais. O homem é o único a querer (ou acreditar em) o “repentino”, porque não percebe os trabalhos preparatórios, quando estes são de ordem sutil ou oculta.
O Muito Excelso Mestre e o meu Mestre CEDAIOR. (PARTE) – Com. 94
Em 1º de setembro de 1872, nascia em Valence (departamento da Drôme, França), na casa que fora do lendário Cavalheiro Bayard, o filho de Marie Delmas e de Eloy Cotet ou Costet, visconde de Mascheville (e mais outros títulos como: du Peuch, de La Chèvrerie, de Ben-hayes, etc… nessa
família aparentada com os de Livron, de Taillefer, de Segur, de Narbonne, de Rastignac e outros…).
O nome “Cotet” vem, aliás, de um antepassado árabe: Abbon Cat, enobrecido, lá pelo ano 700 por motivos que meu Pai e Mestre, me contava – na minha infância, revolvendo velhos pergaminhos e brasões – junto com a do nosso antepassado que fora buscar na Inglaterra o Rei João-sem-Terra – quando o Príncipe Negro o liberou… de Cat: Cati; Coti, Coté, Cotet, etc…
O menino assim nascido, chamou-se Albert Raymond. Não foi uma criança vulgar: aos 5 anos, certo dia em que a Mãe ralhava com ele, reagiu exigindo “mais consideração que lhe era devida, desde aquele dia em que ela, mãe, o jogara nervosamente sobre a cama, quando ainda estava enfaixado e impossibilitado de se “defender” na queda”… Já vimos – ao falar do MEM – que essa prodigiosa memória-consciência da meninice, é típica dos que “não perdem a consciência” facilmente!…
Com poucos anos, cansou de morar em Valence, onde já tinha obtido, pelos seus dons especiais de ouvido, a proteção do célebre Charles Dancla, que lhe ensinou violino e – bem contra a vontade materna – o recomendou para o Conservatório de Paris. Antes de partir de sua terra natal – a Valência francesa, que não fica longe de Lyon – ele tinha um amigo, mais velho que ele que contava pouco mais de 13 anos.
Eu não me lembro, mas meu Mestre me assegurou, reiteradamente, que esse amigo dele, jovem químico chamado L.B……t, morreu lá pouco antes do jovem Albert viajar, e que esse amigo… sou eu…
Para ir a Paris, teve que passar por Lyon, levado por um parente que devia ser amigo de “um senhor de Lyon” (Bouvier?…) cujo nome ignoro e meu Mestre tampouco lembrava. O caso é, que esse amigo dos seus pais, o levou à presença do MEM PHILIPPE que “olhou” para o menino e, logo, lhe perguntou se não gostaria de ficar uns dias em Lyon “para ajudar a curar a uma pobre senhora que sofria muito”.
Obtendo, evidentemente, resposta afirmativa, o MEM pôs a Sua Mão sobre a cabeça do jovem Alberto e certamente o abençoou e lhe transmitiu certo Poder, pois recomendou que fosse levado cada dia junto à doente, ficando lá uma hora com a mão sobre o seio carcomido por câncer.
No fim de uma semana, os tecidos estavam totalmente reconstruídos… – É claro que quem inicia a vida iniciática com essa idade (menos de 14 anos – em 1885) e nessa forma, com semelhante Bênção e Oportunidade, tinha com toda certeza um Passado e um Porvir invulgares…
Em 22 de janeiro de 1943, o M. CEDAIOR falecia em Porto Alegre. O seu tema natal “morrerás só e abandonado, longe dos teus”, cumpria-se, pois, não obstante o carinho de sua segunda esposa e dos filhos desse matrimônio, bem como de certos de seus Discípulos, como Solão,
Paracelso, e do Dr. Rodolfo Foerthmann – do Rito Schroeder -, ele ficou “largado” nos corredores da Santa Casa, logo transportado pela delicadeza do Dr. Antônio Pereira Júnior, à Casa de Saúde do mesmo, onde – por curioso conjunto de circunstâncias – expirou sem nenhum dos seus junto a ele. – Que bela morte, sossegada e tranqüila!
Fonte: Livro ” O Mestre Philippe de Lyon, vol.II – Página 139 e seguintes”.